Pre-loader

Barriga solidaria: conheça as regras para útero de substituição

Barriga solidaria: conheça as regras para útero de substituição

A área de reprodução humana assistida vem em crescente avanço desde meados dos anos 70. A ovodoação gerou o primeiro resultado de gravidez em 1984. No Brasil, o procedimento é bastante estabelecido, ético e bastante utilizado em centros especializados em reprodução humana assistida.

Ovodoação é indicado para casais que iniciaram tentativas de engravidar, e por diversos motivos não obtiveram êxito em alcançar a gestação. Geralmente essas pacientes já não tem mais a capacidade de produzir óvulos, ou em quantidade e qualidade insatisfatórias.

Essas receptoras terão o útero preparado com hormônios (estrógenos) antes de receber o embrião, usando medicamentos para manter a gestação no seu primeiro trimestre. Eles são mantidos até o terceiro mês de gestação, quando a placenta passa a fazer a manutenção desses hormônios.

Dentre alguns motivos que levam a esses casais a recorrer a óvulos doados são a idade da mulher, falência ovariana, menopausa, fatores genéticos, pacientes que se submeteram a tratamentos quimioterápicos e radioterápicos, falhas repetidas de FIV entre outros.

Entenda como funciona o tratamento de Ovodoação – Recepção de óvulos

No tratamento de ovodoação, os casais recebem óvulos doados de uma mulher mais jovem (com menos de 35 anos) para a realização da técnica de fertilização in vitro. A ovodoação no Brasil é realizada anonimamente, seguindo normas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Dentre algumas exigências estabelecidas estão:

– A doação não pode ter valor lucrativo ou comercial;

– As doadoras não devem conhecer a identidade das receptoras e vice-versa;

– A idade para ser uma doadora de óvulos é de 18 até 35 anos;

– As clínicas, centros ou serviços que empregam a doação devem manter de forma permanente, um registro de dados clínicos de caráter geral, características fenotípicas e uma amostra de material celular dos doadores, de acordo com a legislação vigente;

– A escolha das doadoras é de responsabilidade da unidade. Dentro do possível, a clínica deverá garantir que o doador tenha a maior semelhança fenotípica (peso, altura, cor da pele, olhos cabelos) e imunológica e a máxima possibilidade de compatibilidade com a receptora;

– É permitido a doação voluntária de gametas e a doação compartilhada, onde a doadora também é portadora de infertilidade, e a mesma pode compartilhar seu material biológico, sendo uma potencial doadora.

– Alguns exames são solicitados para a doadora de óvulos: Sorologias para Sífilis, HIV, Hepatites A; B e C; HTLV, tipagem sanguínea (ABO/Rh), exames ginecológicos, ultrassom transvaginal (todos recentes).

Quais são as taxas de sucesso no tratamento de Fertilização in vitro com a recepção de óvulos doados?

As taxas de sucesso (por transferência de embriões) estão entre 55% e 65%. A taxa de gravidez cumulativa de pacientes após 3 ciclos de doação de óvulos atinge mais de 90%. A taxa de aborto espontâneo é ao redor de 15%, muito menor do que os quase 50% de aborto para mulheres que engravidam com seus próprios óvulos, com mais de 42 anos.

O que a “epigenética” tem a dizer sobre o bebê concebido através de doação de óvulos?

Um bebê fruto de doação de óvulos pode ter sua genética alterada segundo explica a epigenética, uma área da ciência que diz a respeito sobre os efeitos do meio ambiente em relação aos genes. O ambiente no caso de uma gestação é o útero da mulher. Assim, tudo o que ocorrer durante sua gravidez vai influenciar seus genes.

Não importa qual a origem, seu organismo e seu útero vão determinar a forma como os genes recebidos a partir do óvulo doado serão expressos. Assim, a criança nascida de seu útero será emocionalmente, fisicamente e psicologicamente diferente da criança que nasceria se fosse concebida no útero da doadora do óvulo. Herdará de você (e não de quem doou os óvulos) características da sua personalidade, dom artístico, preferência musical ou por comidas diferentes etc.

O arrependimento e o método de ovodoação

Na Neo Vita nunca vimos nenhuma receptora de óvulos ter se arrependido de ter feito o tratamento. Após receber os óvulos, engravidar e dar à luz, a origem do óvulo pouco importa. Temos 100% de satisfação, ninguém que tenha tido filhos com óvulos doados jamais de arrependeu.

avatar

Escrito por Dr. Fernando Prado

Dr. Fernando é médico especialista em reprodução assistida há mais de 20 anos, com PhD pelo Imperial College London e pela Universidade Federal de São Paulo, e diretor clínico da Neo Vita.

CRM/SP 103.984 - RQE 391631
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3562749827441899

0 Comentários

Seja a(o) primeira(o) a comentar!

Envie seu comentário

Pergunte para a Neo Vita. Seu endereço de e-mail não será publicado.