
Questões relacionadas ao sonho e desejo de ter um filho e não conseguir são sempre delicadas e exigem uma atenção e cuidado especial dos médicos. Nesse sentido, na reprodução humana assistida, existe o tratamento de FIV com ovodoação, indicado para mulheres que não possuem os ovários ou que estas não são capazes de produzir óvulos de boa qualidade. A mulher doa óvulos saudáveis a fim de ajudar a realizar o sonho de uma mulher que não consegue produzir gametas adequados para o sucesso da gestação. No tratamento de ovodoação tanto a doadora como a receptora realizam o tratamento juntas.
De início será estimulado com medicamentos hormonais os ovários da doadora para a produção de um bom número de óvulos. Enquanto a doadora realiza o estímulo ovariano, a receptora terá que fazer um tratamento com hormônios (estradiol e progesterona) para o preparo do endométrio com medicamentos por via oral e vaginal, procedimento feito antes de receber o embrião.
Estes hormônios terão que ser mantidos até 12 semana de gestação, pois a partir desse momento a placenta passa a ser a responsável por sua manutenção. Após a 12 semana, a gestação evolui normalmente, sem a necessidade de suporte hormonal. O pré-natal é igual ao de uma gravidez concebida naturalmente e a mãe poderá amamentar sem nenhuma diferença de uma gravidez espontânea.
No Brasil, os tratamentos com óvulos doados são regulamentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O CFM determina que a doação de óvulos não pode ter caráter lucrativo e o anonimato da doadora deve ser preservado e vice-versa. A responsabilidade da escolha dos óvulos é da clínica, que geralmente seleciona doadoras com características semelhantes e o máximo compatível possível com a receptora. A seleção da paciente doadora se apoiará nas características físicas, como altura, cor de pele, cor dos olhos, estrutura física, tipagem sanguínea, entre outras.
O tratamento de Fertilização in vitro com ovo recepção é indicado para casais que tentam engravidar e por diversos motivos não conseguem alcançar a gestação. É um procedimento muito comum, ético e bastante utilizado nas clínicas de reprodução humana assistida. Suas principais indicações são:
Muito freqüente, o tratamento ocorre em pacientes em que já não tem mais capacidade de produzir óvulos em quantidade e qualidade adequadas. Deste modo, as receptoras realizam um preparo do útero (endométrio) antes da transferência do embrião.
No tratamento de ovodoação, as taxas de sucesso (por transferência de embriões) estão entre 55% e 65%. A taxa de gravidez acumulativa de pacientes após 3 ciclos de doação de óvulos atinge mais de 90%. A taxa de aborto espontâneo é ao redor de 15%, muito menor do que os quase 50% de aborto para mulheres que engravidam com seus próprios óvulos, com mais de 42 anos.
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