

O endométrio é a camada que reveste a cavidade uterina e estimulado pelos hormônios produzidos pelos ovários: Estradiol e Progesterona.
O estradiol age no crescimento do endométrio durante o período pré-ovulatório e a progesterona, responsável por preparar o endométrio para a implantação do embrião.
A implantação embrionária acontece no período de janela de implantação. Neste período o endométrio sofre tanto alterações morfológicas quanto alterações na produção de substâncias. Essas alterações precisam acontecer sincronicamente com a fertilização dos óvulos dentro do laboratório até a transferência do embrião ao útero.
Acompanhar a espessura e o aspecto do endométrio ao exame de ultrassom transvaginal durante o tratamento é uma das avaliações fundamentais para o sucesso da implantação, porém existem também outras avaliações a serem feitas durante o processo. Sabe-se que o aspecto trilaminar determina quando há o efeito de Estradiol sobre o endométrio. Este é o padrão desejado e esperado durante a estimulação ovariana ou durante o preparo para transferir os embriões. Contudo, para que o bebê consiga se desenvolver, a ‘’sua casinha’’ (útero) precisa estar devidamente preparada para recebê-lo.
Biópsia do endométrio: Estudos mostram que a biópsia altera o padrão de resposta imunológica endometrial proporcionando maiores chances de implantação nos ciclos subsequentes.
Nos tratamentos de Fertilização in vitro (FIV) muitas vezes ocorrem falhas na implantação devido alterações no endométrio e para isso a biópsia endometrial, também denominada de ‘’injúria endometrial’’, tem mostrado que pacientes submetidas a este procedimento obtiveram um aumento significativo nas taxas de implantação.
A biópsia do endométrio é realizada por um catéter que é introduzido pelo canal do colo do útero, atinge a cavidade endometrial e por meio de um mecanismo de sucção, a amostra é obtida e enviada para análise imuno-histoquímica. Essa análise permite ao médico especialista obter informações que trazem respostas às falhas de implantação, podendo definir os tratamentos a serem realizados posteriormente, como por exemplo, o uso de antibióticos quando é diagnosticado endometrite, mais ou menos tempo de preparo com progesterona se há alteração na janela de implantação, uso de imunoglobulinas, anticoagulantes entre outras intervenções médicas.
A biópsia endometrial além de trazer uma grande capacidade de intervenção, também possui um efeito adverso: o aumento das taxas de implantações embrionárias. Estudos mostram que o motivo poderá ser devido alteração do padrão de resposta imunológica endometrial, também por possibilidade de causar uma cicatriz no endométrio e como consequência a produção de substâncias que favorecem a implantação.
Estes resultados foram confirmados em 2011 por meio da análise de resultados preliminares da tese de Doutorado de nosso médico especialista em reprodução assistida, Dr. Fernando Prado. A tese aborda o assunto sobre as proteínas endometriais e implantação embrionária. O trabalho foi apresentado no 27° congresso Europeu de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE) em Estocolmo – Suécia.
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