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Doação de óvulos: como doar e como funciona o processo

Doação de óvulos: como doar e como funciona o processo

Questões relacionadas ao sonho e desejo de ter um filho e não conseguir são sempre delicadas e exigem uma atenção e cuidado especial dos médicos. Nesse sentido, na reprodução humana assistida, existe o tratamento de ovodoação, indicado para mulheres que não possuem os ovários ou estes não são capazes de produzir oócitos (óvulos) de boa qualidade. A mulher doa oócitos saudáveis a fim de ajudar a realizar o sonho de uma mulher que não consegue produzir gametas adequados para o sucesso da gestação.

No tratamento de ovodoação tanto a doadora como a receptora realizam o tratamento juntas. De início será estimulado com medicamentos hormonais os ovários da doadora para a produção de um bom número de oócitos. Enquanto a doadora realiza o estímulo ovariano, a receptora terá que fazer um tratamento com hormônios para o preparo do endométrio com medicamentos por via oral, vaginal, procedimento feito antes de receber o embrião. Estes hormônios terão que ser mantidos até 12 semana de gestação, pois a partir desse momento a placenta passa a ser a responsável por sua manutenção. Após a 12 semana, a gestação evolui normalmente, sem a necessidade de suporte hormonal. O pré-natal é igual ao de uma gravidez concebida naturalmente e a mãe poderá amamentar sem nenhuma diferença de uma gravidez espontânea.

Primeiramente, a Fertilização in vitro (FIV) será realizada com os oócitos doados e os espermatozoides do marido da receptora possibilitando assim a implantação e o desenvolvimento correto do embrião em seu útero. Os embriões formados são mantidos em laboratório e embriologia por um período de 3 a 5 dias (embrião em estágio de blastocisto), e posteriormente, são transferidos para o útero da paciente receptora. Por outro lado, para a doadora, será preciso fazer exames para avaliar sua reserva ovariana, além disso, confirmar as sorologias precisas para afastar qualquer tipo de doença infecciosa e também avaliar a compatibilidade com a receptora. Neste caso, a doadora precisa se encaixar nos seguintes perfis:

  • Ter menos de 35 anos e ser saudável;
  • Nenhum histórico de doença genética familiar;
  • Não ter doenças infectocontagiosas;
  • Apresentar bom potencial ovariano;
  • Tipo físico e sanguíneo compatíveis com a receptora.

No Brasil, a venda de óvulos é proibida por lei, o Conselho Federal de Medicina (CFM) estipulou algumas normas éticas para esse tipo de tratamento, como por exemplo, a doação de óvulos não pode haver caráter comercial ou lucrativo, é realizada de forma anônima, (a receptora não pode conhecer a identidade da doadora dos oócitos e vice-versa), com a intenção de ajudar uma mulher que não tenha mais condições de ter filhos por apresentarem alguns dos seguintes fatores:

  • Menopausa;
  • Múltiplas falhas em tratamento de FIV ou abortos devido a baixa qualidade de seus oócitos;
  • Falência ovariana prematura (pré-menopausa);
  • Alterações genéticas ligadas ao oócito devido a idade avançada também;
  • Mulheres que nasceram com ovários não funcionantes;
  • Mulheres que já passaram por tratamento de quimioterapia ou radioterapia; entre outros.

No entanto, para ser doadora de oócitos a mulher precisa estar ciente de que não terá nenhuma informação e direito legal sobre a criança. Toda a equipe médica envolvida, assim como doadora, receptora e as respectivas famílias precisam ter consciência que todo o processo acontece de forma anônima e não será possível ter qualquer tipo de contato. Ambos casais assinam termos de consentimento explicando todo o processo e concordando com esse tratamento. A doação deve acontecer de maneira totalmente sigilosa e anônima e apenas a equipe médica terá informações sobre quem é a doadora e quem recebeu aqueles oócitos.

Doar oócitos é doar amor ao próximo. É ajudar a realizar o sonho de ser mãe! Estamos á disposição em nossa página de contato para responder suas dúvidas.

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Escrito por Dr. Fernando Prado

Dr. Fernando é médico especialista em reprodução assistida há mais de 20 anos, com PhD pelo Imperial College London e pela Universidade Federal de São Paulo, e diretor clínico da Neo Vita.

CRM/SP 103.984 - RQE 391631
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3562749827441899

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