O termo insuficiência da fase lútea na gravidez é utilizado para descrever uma condição que ocorre quando o organismo materno não produz progesterona natural suficiente para manter a função normal do endométrio e assim dar suporte à implantação, desenvolvimento do embrião e a continuidade de uma gestação. A progesterona é um hormônio importante para manter uma gravidez em seu estágio inicial. A baixa progesterona pode levar ao aborto espontâneo, também considerado uma causa de infertilidade.
A fertilidade da mulher não é afetada após um aborto espontâneo, mas este é uma causa de infertilidade e dependendo do motivo será preciso o auxílio dos tratamentos de reprodução humana para conseguir alcançar a tão sonhada gestação. Há diversas causas do aborto espontâneo e todas elas precisam ser tratadas particularmente.
O suporte durante a fase lútea é de extrema importância para mulheres que realizam o tratamento de Fertilização in vitro porque durante o ciclo de indução é utilizado medicações para prevenir o pico prematuro do hormônio LH e a ovulação, e consequentemente, ocorre uma supressão da produção do LH endógeno e estes níveis baixos podem não ser suficientes para estimular o corpo lúteo a produzir os hormônios essenciais (estrógeno e progesterona) para implantação (ligação do embrião ao endométrio) e sustentação da gravidez.
O melhor uso da progesterona é por via vaginal, pois não apresenta efeitos colaterais comuns quando ingerida por via oral. É importante salientar, que a progesterona auxilia na implantação por estimular a secreção de substâncias nutrientes ao nível do endométrio que irão nutrir o pré-embrião e é um excelente relaxante uterino, que pode evitar contrações uterinas excessivas nessa fase. Deste modo, as gestações concebidas por FIV requer o apoio hormonal exógeno de progesterona e estrógeno até que a placenta seja totalmente competente de produzir sozinha.
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