PICSI é uma técnica laboratorial utilizada no tratamento de Fertilização in vitro a fim de selecionar os espermatozoides que apresentam DNA íntegro, ou seja, será selecionado os melhores espermatozoides para serem injetados nos óvulos. Um dos últimos passos da maturação do espermatozoide é o aparecimento de receptores para o ácido hialurônico na membrana citoplasmática. O ácido hialurônico é um componente presente na membrana do óvulo. Deste modo, são necessários estes receptores para aderir o espermatozoide ao óvulo e assim ocorrer a fecundação.
Os espermatozoides são colocados em uma placa laboratorial com uma substância chamada hialuronidase, semelhante ao encontrado na camada externa dos óvulos. Essa substância atrai os espermatozoides de melhor qualidade, maduros, com DNA normal, íntegro que serão isolados e encaminhados para FIV-ICSI. Esse procedimento mimetiza o que ocorre de forma natural nas tubas uterinas no momento da fertilização e diminui as chances de anomalias cromossômicas. No entanto, o teste de fragmentação (PICSI) avalia a porcentagem de espermatozoides que teve o seu DNA fragmentado, ou seja, que não são capazes de completar o DNA do embrião. Sendo assim, quanto maior a porcentagem de gametas com DNA fragmentado, maior a probabilidade do embrião não se desenvolver ou não se implantar.
Indicações para a pesquisa da fragmentação do DNA espermático
A fragmentação de DNA dos espermatozoides pode ser causada por doenças, como a varicocele, hábitos de vida não-saudáveis (fatores externos), como a obesidade, tabagismo, uso de drogas, febre alta, temperatura testicular elevada, poluição, idade avançada ou por fatores internos. assim como, apoptose e a produção de radicais livres. Valores acima de 20%, diminuem a capacidade do espermatozoide fertilizar o ovócito (óvulo) adequadamente e pode até ocorrer a fertilização normal, mas com a formação de embriões que apresentam atraso de desenvolvimento, falhas de implantação, abortos de repetição, resultando em falhas de fertilização in vitro (FIV).