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Qual a relação de fertilização in vitro e a gestação de gêmeos?

Qual a relação de fertilização in vitro e a gestação de gêmeos?

A gestação múltipla ocorre pela duplicação de um mesmo embrião (univitelinos) ou quando dois óvulos são fecundados cada um por um espermatozoide (bivitelinos). A fertilização in vitro (FIV) só aumenta a chance de gestação múltipla se mais de um embrião é transferido ao útero ou quando ocorre a duplicação de um mesmo embrião. A FIV tem objetivo de aumentar as chances de gravidez por transferência realizada e deve obedecer o limite da transferência de embriões relacionado a idade e ser transferido mais de um embrião somente quando houver necessidade.

A transferência de mais de um embrião aumenta a chance de gestação, porém apresenta riscos, todos os embriões transferidos podem se implantar ou duplicar, ocasionando um risco maior de parto prematuro, restrição de crescimento fetal, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia (pressão alta), paralisia cerebral, complicações na visão e síndromes respiratórias quando comparados com gestações únicas.

O risco dessas complicações em gestações múltiplas é duplicado, pois é preciso que os bebês dividem o útero e tenham a nutrição pela placenta. Bebês nascidos por gestações múltiplas podem ter um crescimento reduzido intra útero, peso baixo ao nascer e nascem prematuros, como foi descrito acima. Isso aumenta a chance desses bebês precisarem de oxigênio após o nascimento.

Essas complicações se estendem a mãe e pode sofrer complicações no parto e a gravidez tão sonhada pelo casal poderá se tornar um problema. O importante é conversar com seu médico e planejar o tratamento com atenção especial e nos mínimos cuidados.

Transferência de embriões

No entanto, a decisão sobre a quantidade de embriões a serem transferidos cabe ao médico responsável, embriologistas e o paciente, pois muitos fatores devem ser considerados:

  • Qualidade dos embriões;
  • Estágio do desenvolvimento do embrião para transferência (D3 ou D5- blastocisto);
  • Idade da paciente no dia da coleta relacionado diretamente aos óvulos;
  • Malformações uterina como útero bicorno, unicorno, didelfo, septado;
  • Cirurgias uterinas
  • Preferência do paciente

Sendo assim, o importante é conversar com seu médico e planejar o tratamento com atenção especial e nos mínimos cuidados.

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Escrito por Dr. Fernando Prado

Dr. Fernando é médico especialista em reprodução assistida há mais de 20 anos, com PhD pelo Imperial College London e pela Universidade Federal de São Paulo, e diretor clínico da Neo Vita.

CRM/SP 103.984 - RQE 391631
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3562749827441899

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