As malformações uterinas correspondem a anormalidades causadas por fusão embriológica defeituosa ou falhas na recanalização dos ductos de Müller na formação da cavidade uterina.
O desenvolvimento embriológico dos ductos Mullerianos se completa por volta da 12 semana de gestação e compreende o desenvolvimento e fusão dos ductos paramesonéfricos (Mullerianos) com reabsorção do septo mediano, dando origem ao útero, tubas uterinas, e terço superior da vagina.
Os estudos mostram incidência de aproximadamente 3 a 5%. No entanto as malformações que mais impactam no processo reprodutivo são: útero septado, útero didelfo, bicorno e unicorno, útero arqueado, agenesia uterina ou Síndrome de Rokitanski.
Somente na Síndrome de Rokitanski ocorre impedimento para gestação porque não há comunicação entre a vagina e as tubas uterinas (encontro do óvulo com o espermatozoide), o útero está ausente e graus variáveis de hipoplasia vaginal. Entretanto os outros tipos de malformações uterinas não impedem a gravidez, mas podem dificultar a evolução da gestação pela falta do espaço adequado para o desenvolvimento do embrião até chegar em formato de feto.
A paciente cujo apresenta malformações uterinas pode se beneficiar da Fertilização in vitro com a barriga solidária. Os ovários são estimulados a produzirem folículos que dentro contém os óvulos. Estes óvulos serão coletados e fertilizados. Após a fertilização o embrião formado é congelado para o preparo do útero de substituição. Assim que o útero estiver em condições adequadas ocorre a transferência embrionária. Todavia, pacientes que não possuem o útero com um funcionamento adequado para gestação podem recorrer a técnica que já é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
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